Quando perde, foi bem feito,
culpa do PT, erro no esquema tático. Quando ganha, tá armado, combinado,
comprado. O brasileiro e sua eterna condição de tirar os méritos, os próprios
ou dos outros. É a síndrome do “tá comprado”.
Wagner
Ribeiro, empresário do craque Neymar, esbravejou nas redes sociais, dizendo que
a culpa de tudo isso era mesmo de Felipão, a quem chamou de “velho rabugento,
arrogante, prepotente”, entre outras formas gratuitas de deturpação.
Pois a
culpa, caro Wagner, é puramente de pessoas como você. Gananciosos que trabalham
para transformar o futebol em uma máquina de dinheiro. Nada contra vossa pessoa afinal são apenas negócios.
A cifra é mais importante que o brasão. Isso constrói futilidade e vaidade desnecessária, moldando jogadores mais preocupados com o corte de cabelo, selfies e a repercussão das rodas de samba. Em um país que nada em corrupção, um habitat natural.
A cifra é mais importante que o brasão. Isso constrói futilidade e vaidade desnecessária, moldando jogadores mais preocupados com o corte de cabelo, selfies e a repercussão das rodas de samba. Em um país que nada em corrupção, um habitat natural.
No
futebol agora tudo é imagem, marketing. #somostodosenganados
Até a
mobilização dos jogadores da seleção por Neymar era uma ação patrocinada pela
Sadia. Querem que o seu sentimento se foda. Dinheiro no bolso e lágrimas falsas
no rosto. Se não acredita, olha aqui.
Mostramos ao mundo muito mais do
que um país desestruturado, com conflitos internos e constante desorganização.
Mostramos ao mundo nosso patriotismo frágil, com amebas que pagam 2 mil reais
em um ingresso, cantam o hino à capela (porque está em alta) e abandonam o
estádio antes do fim do primeiro tempo.
Esses 7
a 1 representam muito mais do que uma eliminação. Representa a escassez, a
miséria, a pobreza, a violência, a fome, a saúde e a educação. Um gol pra cada
falha. Mas isso é chover no molhado. Nosso único gol é o fato de reconhecermos
isso.
A
Alemanha não tinha humilhado um país assim desde a Segunda Guerra Mundial.
Galvão
Bueno, atônito durante a transmissão, não encontrava palavras e passava o
microfone pro Ronaldo, o Fenômeno, ex-maior atacante de todas as Copas, que
também não teve o que dizer. Parece um
grande time jogando contra um time de juvenis. E era.
Vimos uma seleção que já joga
junta há seis anos, com jogadores experientes e preparados para a pressão,
contra um time de garotos verdes e emocionalmente enfraquecidos, onde 90% nunca
havia disputado uma Copa do Mundo. Sete foi é pouco.
Agora na TV tudo vai girar em
torno da derrota brasileira, das lágrimas do novo galã da Malhação, David Luiz,
e esse pesadelo vai demorar pra ser esquecido. Não porque foi trágico, mas
porque o plano é justamente esse. Querem que você sofra e se alimente no fundo
do poço, enquanto esquece tudo que acontece por trás da máfia das siglas, seja
PT, FIFA ou CBF.
O Brasil saiu dessa Copa, mas essa
Copa não sai do Brasil.
Siga @eutotefalando / @rodrigoKNOELLER