De muitos constrangimentos, um dos mais estranhos foi ir
ao urologista.
Já tive que visitar o urologista e isso é bem
constrangedor. Na hora da consulta, ele simplesmente não olha pro seu pinto e
te dá uma receita. Pelo contrário.
Ele dá aquela pegadinha, joga pra um lado, joga pro
outro, dá aquela arregaçada na
“chapeleta” e te olha como se fosse a coisa mais normal do mundo. Pior
que pra ele é.
Se eu fosse médico, de todas as áreas possíveis para
atuação, talvez a única que não escolheria é a urologia. Nada contra esses
profissionais, mas simplesmente não gosto de outro pênis que não seja o meu
(apesar de pensarem que eu gosto).
Quando o cara pára e pensa que o que ele quer pra vida
dela é cuidar do pau dos outros?
Existe um cara que tem esse dom? Cuidar de pintos?
Se alguém
disser a ele que seu trabalho é um saco, ele diz que o dele é logo acima.
Como
medicina é uma área bastante difícil, nos tempos da faculdade o cara com
certeza deve ter pesadelos com as provas. Sonha com aquela infecção da glande, aquele
prepúcio inchado. Passando Meticulato de
Picássio pra aliviar a irritação.
Acontece que todo médico deve, além de cuidar dos
pacientes, elogiar sua evolução quando houver.
Um pediatra, por exemplo, parabeniza a criança: “Parabéns, como cresceu, heim. Está
saudável, bonito.”
Um psicólogo elogia a evolução cerebral do paciente: “Como a cabeça está boa!”.
Um ortopedista corrige uma postura errada: “Deve ficar sempre ereto.”
Como será que faz o urologista?
“Parabéns, como cresceu, heim.
Está saudável, bonito. Como a cabeça está boa! Deve ficar sempre ereto.”
Se ele leva pra outro lado o consultório fica pequeno.
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