segunda-feira, 16 de junho de 2014

Urologia



De muitos constrangimentos, um dos mais estranhos foi ir ao urologista.

Já tive que visitar o urologista e isso é bem constrangedor. Na hora da consulta, ele simplesmente não olha pro seu pinto e te dá uma receita. Pelo contrário.

Ele dá aquela pegadinha, joga pra um lado, joga pro outro, dá aquela arregaçada na  “chapeleta” e te olha como se fosse a coisa mais normal do mundo. Pior que pra ele é.

Se eu fosse médico, de todas as áreas possíveis para atuação, talvez a única que não escolheria é a urologia. Nada contra esses profissionais, mas simplesmente não gosto de outro pênis que não seja o meu (apesar de pensarem que eu gosto).

Quando o cara pára e pensa que o que ele quer pra vida dela é cuidar do pau dos outros?

Existe um cara que tem esse dom? Cuidar de pintos?

Se alguém disser a ele que seu trabalho é um saco, ele diz que o dele é logo acima.

Como medicina é uma área bastante difícil, nos tempos da faculdade o cara com certeza deve ter pesadelos com as provas. Sonha com aquela infecção da glande, aquele prepúcio inchado. Passando Meticulato de Picássio pra aliviar a irritação.

Acontece que todo médico deve, além de cuidar dos pacientes, elogiar sua evolução quando houver.

Um pediatra, por exemplo, parabeniza a criança: “Parabéns, como cresceu, heim. Está saudável, bonito.”

Um psicólogo elogia a evolução cerebral do paciente: “Como a cabeça está boa!”.

Um ortopedista corrige uma postura errada: “Deve ficar sempre ereto.”

Como será que faz o urologista?

“Parabéns, como cresceu, heim. Está saudável, bonito. Como a cabeça está boa! Deve ficar sempre ereto.”


Se ele leva pra outro lado o consultório fica pequeno.

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