sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Dirceu e a ex-quadrilha da Trapaça!



A Justiça Frouxa Brasileira e o carnaval andam de mãos dadas. Justiça essa que anda de mãos dadas com muitas datas, convenhamos. Safada! Ordinária! Mas no Carnaval é mais frouxa do que nunca.

Em mais essa grande festa da cultura sexual popular tupiniquim, festejamos com Rock!

Confira, em primeira mão, a nova música do Zé Dirceu e os Mensaleiros: Ex-Quadrilha da Trapaça, inspirada na "Ex-Quadrilha da Fumaça", do Planet Hemp.

Pra ficar mais divertido, dê o play na música original abaixo e cante a letra, na sua mente!



Claro que os direitos autorais do Planet Hemp não serão pagos, pois ao bom e velho costume, a base será roubada.

Com vocês, Zé Dirceu e os Mensaleiros.

Bom carnaval para todos!


Ex- Quadrilha da Trapaça



Adivinha doutor quem tá de volta na praça?
Os MENSALEIROS! Ex-quadrilha da trapaça

Trapaça que fode um povo que nunca vai acordar
Estamos de volta e ninguém pode nos tirar
Botamos pra fuder sem sair de cima
Tão certo quanto o Lula sabia eu tô na rima
Tudo bem, é perigoso, mas não corro riscos
Quanto pago uma propina tá armado o meu circo
Fomos eu e mais de cinco, ex-quadrilha da trapaça
Sujou, o Barbosa, disfarça, disfarça

Adivinha doutor quem tá de volta na praça?
Os MENSALEIROS! Ex-quadrilha da trapaça

Blindados pela corrupção reinam os homens trapaça
Mais uma vez safos da acusação
Barbosa, vulgo Negão, por um momento foi um cara ligeiro
Mas tudo se resolve com o jeitinho brasileiro
Não gostamos de trabalho, tipo vampiro no alho
Só queremos cascalho, caralho no rabo do povo de novo
A mais de quinhentos anos arrancamos o teu sangue, tua fé e até teu ultimo centavo
O Supremo veio afoito tentando nos incriminar
Os ministros ladram e a patifaria nunca vai parar
OS MENSALEIROS de novo jogando os braços para o ar
Roberto Jefferson vacilou em delatar
Então rapá, o que é que há?
Os MENSALEIROS na área quem disse que íamos rodar?
Ninguém vai nos tirar o sono, sentamos no trono
Com um dom que você nunca vai anular
Sofre com a arruaça que deixo quando passa a quadrilha
Você não gosta de mim e nem a sua filha
Mas boto pilha, e o povo segue a trilha
Eu sigo tranquilo em Utah, eu e minha família

Adivinha doutor quem tá de volta na praça?
OS MENSALEIROS! Ex-quadrilha da trapaça

Querem me caçar, mas olha eu aqui de novo!








quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Feliz dia do comediante!




No dia do comediante venho parabenizar todos os comediantes, palhaços, contadores de piadas e entusiastas do humor.

Fazer comédia é difícil. É uma ciência que, embora pareça exata, não é. É complexo e detalhista. Fazer chorar até cebola faz. Rir é outra história.

Pena que a patrulha do moralismo exacerbado vem deixando o humor brasileiro, a tempos, chato demais. Tudo é ofensa, agressão, piada de mal gosto. Vi um vídeo da APAE, onde crianças e jovens portadores de necessidades especiais se dirigem ao Rafinha Bastos e pedem para que ele faça a piada que fez em seu show, na cara delas. É baixar demais o nível. Não precisa.

A piada que ele fez foi: “Usei uma camisinha com efeito retardante e tive que internar meu pau na APAE. Ficou completamente retardado”.

Tá, pode ser mesmo pesado pra quem convive com o problema, tem familiares ou amigos nessa situação. Mas foi uma piada.

Tenho amigos que convivem com o problema. Não viro as costas quando me deparo. Ajudo e amparo. Pra mim são pessoas normais (e não é assim que lutam para que eles sejam tratados?) Mas dei risada da piada. Me processem por isso. É piada, porra!

Agora metem o pau no cara, os mesmos que tomam, sem vergonha alguma, uma vaga de deficiente no estacionamento do shopping.

Talvez se ele não usasse o nome da instituição a coisa seria diferente. Se ele troca a palavra APAE por “clínica”, ninguém ia encher o saco.

Ser humorista também é falar merda, ser mal interpretado, odiado, irreconhecível.

Li em algum lugar que ser comediante é tipo saltar de paraquedas. Uma hora ele pode não abrir. Acredite, ele realmente pode não abrir.

Fiz shows em que me atirei do avião desconfiado, nervoso e com medo, mas meu paraquedas abriu e o vento soprava muito bem. Salto e aterrissagem maravilhosas. Ser aplaudido pela defesa da minha idéia (na maioria das vezes uma tremenda idiotice) é maravilhoso. Um tipo diferente de orgasmo.

Mas quando o paraquedas falha o tombo pode ser feio, e você fica com medo de sequer entrar de novo em um avião.

Aconteceu comigo em um show que participei como convidado. O bar era ótimo, os humoristas todos eram feras e o ambiente mais do que propício. Com certeza o paraquedas vai abrir de novo.
           
Na época, tinha a estúpida política de só apresentar textos inéditos e, se colocava na cabeça que o texto era bom, lá ia eu de olhos fechados.

Chegando no bar logo percebi a presença de famílias, crianças, idosos. Sabe o dia do aniversário do vô? Era esse dia.
           
O texto que tinha preparado falava sobre uma nova mania entre os jovens de ingerir bebidas alcóolicas pelo ânus (no caso dos meninos) e pela vagina (no caso das meninas). Não era um texto 100% inédito pois já tinha experimentado a uns meses atrás em um bar no Bixiga, e a aceitação foi boa. Mas só tinha jovens bêbados por lá.
           
Será que mudo? Será que os “tiozinhos” vão gostar? Vããão pô. É humor!
           
Devia ter trocado.
           
Subi no palco e fui apresentado de forma bastante positiva pelo mestre de cerimônias: “Vou chamar aqui ele, que tá começando a fazer stand up, riam dele... Rodrigo.... que eu não sei falar o sobrenome!”
           
Não havia jeito melhor de ser introduzido a pior apresentação da minha vida.
           
Minhas piadas do tipo “Cú bêbado não tem dono”, “O Shot é na Xota” e “Não enche o cu de cerveja” me renderam dois risos, de pura vergonha alheia, vindo de um casal que se compadeceu da minha situação.
           
O ápice do pesadelo se deu quando eu falo que, se a moda pega, os bebedouros do Shopping Frei Caneca (comumente frequentado por homossexuais) seriam bidês.
           
Nessa hora eu me agacho e faço o movimento, imitando o uso de um bidê. Foi quando eu saí do meu corpo, voei pelo bar e pude me ver no palco, naquela posição extremamente constrangedora. As crianças boquiabertas, as mulheres olhando o cardápio, os velhinhos me olhando com cara feia e lá no fundo, o garçom cascando o bico. Foi o que me salvou.
           
Aquele garçom me deu força pra continuar. Emendei um outro texto que fala sobre trânsito, o que me rendeu risos verdadeiros, mas já era tarde. Quando o paraquedas abriu, eu estava a poucos metros do chão.
           
Desculpe vovô, por estragar seu aniversário.
           
            Feliz dia do humorista!         

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Gagueira




"O gago peca pelo exagero... de sílabas!" AUTOR DESCONHECIDO

Eu sou gago. Não muito gago. Posso conversar com um desconhecido sem levantar suspeitas. Só que de vez em quando posso dar uma derrapadinha na curva, e alguém vai me apontar e dizer “gago filho da puta”. 

Tem gente que pensa que gago é tudo igual, que gago é gago e pronto. O cu deles.

Gago é um tipo classificado, único, referência. Ninguém lembra do Knoeller, mas do gaguinho todo mundo tá lembrado.

Gago que é gago tem carteirinha do sindicato dos gagos. Todo ano a gente elege um presidente gago, numa votação sempre limpa e democrática, e sem boca de urna, pois até o gago soprar o nome do seu favorito a escolha já acabou.

Assim como ex-viado, não existe o ex-gago. O cara pode fazer fono, psicólogo, otorrino, o caralho a quatro, mas nem que seja uma vez por mês ele vai dar uma repetida silabial. É tipo uma recaída, um vício.

Os gagos podem ser divididos em 4 classes: o pouco gago (chamado de Gaguinho), o gago (chamado de Gago), o gago pra caralho (chamado de Que Porra é essa?) e o David Brasil (chamado de Gago Viado da TV).

Puta merda, que gagueira estranha da porra é essa do David Brasil??

Enfim. Abraço pro David Brasil.

Essa gagueira do David é chamada de gagueira clônica, que é quando a sílaba é arrastada. Tuuuuuuuuuuuuuuuuuudo bem?

Tem também a gagueira tônica, que é aquela em que o gago repete a sílaba. Tu-tu-tu-tu-tudo bem?

Eu era clônico-tônico. Tuuuuuuuuu-tu-tu-tu-tuuuuudo bem? Ri por que não foi contigo.

Aprendi a reconhecer os tipos de gagueira depois que comprei, em uma banca-sebo no centro de Santos – não me perguntem o que eu estava fazendo lá - um livro chamado: “Gagueira, sintomatologia e tratamento.”



O livro explica o que é a gagueira e mostra alguns exercícios, bem interessantes. Vamos a eles:

1. Respira, respira – Sempre que um gago gagueja, vem um espertinho metido a fonoaudiólogo e diz “Respira”. Uau, como eu não pensei nisso antes?

- Quem disse que eu não tô respirando ô seu idiota?? Se eu não respiro, eu morro!

Até me inscrevi numa aulas de relaxamento e respiração, mas como lá ninguém conversa, não pude testar o resultado de imediato.

2. Repita as palavras “Eu não sou gago”- Consiste em repetir em frente ao espelho “eu não sou gago, eu não sou gago” E lá ia eu pra frente do espelho de manhã.

- Eu não sou gago, eu não sou gago, eu não sou gago - e saía de casa. Milagre.

Não estava mais gaguejando. Até que encontrei um conhecido e resolvi desejar um bom dia.

Não desisti. Antes de dormir, repetia as mesmas palavras depois de escovar os dentes. Aí sim. Sem gaguejar nem uma palavra. No sonho.

Sonhava que falava na televisão. Cheguei a sonhar que era o Galvão Bueno. Narrava a Fórmula 1, o Brasileirão e os jogos da Seleção. Também fazia umas baladas com o Casagrande porque ninguém é de ferro.

Certa vez estava eu narrando a final da Copa do Mundo. Brasil e Alemanha. Emocionante. Quando o juiz apitou eu soltei o grito.

-        Acabooouuuu! Acaboooouuuu!
-        Então vamos buscar mais! – dizia o Casagrande, trincado – Agora vamos até o Hepta!

3. Quem canta sua gagueira espanta - Outro exercício comum e conhecido é falar cantando. Essa é deprimente. Já viu alguém que fala cantando?

“Por favor seu padeiro eu quero dois pães moreninhos”. Não dá! O constrangimento da gagueira é menor que o constrangimento de desafinar.

4. Move It - Uma outra legal é o movimento corporal enquanto fala. Se for falar sobre futebol chute o ar. Se for falar de Boxe soque o ar. Se o assunto for sexo escreva um bilhete.

5. Montando a frase – Essa é didática e maravilhosa. Consiste em pensar, decorar, para só depois falar. O foda é que até o gago pensar, decorar e falar, o assunto já mudou!

Uma vez, falando sobre futebol com um amigo, fui me gabar de um gol que eu tinha marcado. Pensei, decorei, respirei e disse:

- Entrei com bola e tudo.
Mas o assunto já tinha mudado pra irmã do meu amigo. Hoje em dia ele não é mais meu amigo.

Eu não lembro como e nem quando eu virei gago. Dizem que a pessoa começa a gaguejar quando toma um susto, apanha em casa, convive com outro gago ou faz troca-troca.

Só lembro que um dia eu estava em casa no meu quarto com um amigo meu que era gago, fazendo troca-troca. Minha mãe abriu a porta e eu tomei um puta susto, e apanhei de cinta a tarde toda. Dali pra frente eu nunca mais fui o mesmo.

Com 10 anos eu já era o “Gaguinho “da turma, e com 13 já era o “Que Porra é Essa?. Se com 15 eu fizesse outro troca-troca eu já seria o David Brasil.

Um dia eu pedi pro meu pai me colocar numa escola pra gago. Ele foi incisivo: “Pra quê, você já quer dar aula”? Tem razão pai, sou muito novo ainda.

Eu sofria preconceitos, ganhava apelidos. Gago, gaguinho, gaguêra, passa ou repassa. Passa ou repassa é foda, né? Até hoje rola um bullying. Quando vou na casa de um amigo e tá passando O Discurso do Rei, vou embora na hora.

O preconceito as vezes fica escondido na cabeça das pessoas, elas nem percebem que têm preconceito. Outro dia me perdi em São Paulo, perguntei pra um taxista:

-        Qual o no-no-nome dessa rua?
-        É a Cunha ... Gago”.

Taxista filho da puta.

Tem pessoas que o sobrenome é Gago. Outro dia conheci um rapaz que se apresentou:

-        Prazer, Rafael Gago.
-        Prazer, Rodrigo Idem.

Tem coisas que o gago odeia. Uma delas é completar a frase. Vai na pizzaria chama o garçom:

-        Ei amigo, vê pra mim uma pizza de Ca-ca-ca...
-        Calabreza?
-        Não, Caipira. Vê com uma co-co-co...
-        Coca Cola?
-        Cobertura de Cheddar!

Me deixa acabar de formar a frase. Vai no banheiro e volta.

Outra coisa que gago odeia e quando alguém lembra que ele é gago. Assim como o gago “não gagueja” quando canta ou quando pensa na frase antes de falar, ele também não gagueja quando esquece de que é gago. E não é você que tem que lembrar.

Numa festa da faculdade, perguntei pra uma menina:

-        Que ho-ho-ho-horas ssssssão?
-        Nossssssssaaaaaa!! Você é gagoooo?
-        Não sua puta, sou um DJ Oral! Po-po-po-posso te pagar uma bebida?

Acho que um gago podia cantar funk sem problemas. Aliás na música do Créu (se alguém ainda lembrar dessa merda) tenho certeza que puseram um gago pra cantar. Na verdade foi mais de um.

No nível 3 foi um gago, no nível 4 foi outro gago. No nível 5 são os 2 gagos cantando juntos. Aquilo não é um refrão, é uma suruba linguística.

E no nível um, claro, foi o David Brasil.

-        Créééééééééééuuu!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O peidinho Guarujaense


Moro onde você passa as férias.

Nasci em Guarujá, cidade do litoral sul do estado de São Paulo. Era noite de 12 de maio – quase 13 - de 1983, época em que a cidade ainda era chamada de “A Pérola do Atlântico”. Como reluzia essa pérola, que virou bijuteria e ninguém me avisou.

Por tempos a cidade ostentou as mesmas características da jóia que mora no coração de um bivalve: era bela, valiosa e muito difícil de encontrar. Suas praias excitavam, seus marajás ouro gastavam e a viagem até o Guarujá durava longos e ansiosos dias. Malditos imigrantes.

O transporte naquela época era o bonde, que quebrava muitas vezes. Quem dera que esse fosse o único “bonde” que o guarujaense tivesse que um dia aguentar.

Apesar da recente melhoria do acesso na última década, Guarujá continuou sendo bela e valiosa. É aí que mora o perigo. Dirigir uma cidade bela é massagem no ego do status, agora dirigir uma cidade rica é a massagem no ego do poder. Quanto mais dinheiro, mais poder. Quanto mais poder, melhor! Whisky e bocetas, yeah! Estou no Paraíso, Padre Domênico?

Guarujá ganhou rotina, e sua prefeitura também. O povo é a cria da administração que tem. O “jeitinho brasileiro” fica no chinelo perto do “jeitinho guarujaense”. Com o perdão da rima, confesso que esse jeitinho um dia me pegou também.

Seja um lixo mas cheire a luxo. Pareça o que não é, perca a identidade e entre para o clube. Se o clube ficou pequeno pra você, entre num clube maior. Quanto maior o clube, mais gente nele cabe. Quanto mais gente, mais fácil pra peidar e jogar a culpa em alguém, né? Um peidinho atrás do outro, já sabem no que vai dar.

É quando surge nosso primeiro personagem, que chamo de Bonitinho. Com o status quo de importante, o Bonitinho acha que conhece a cidade inteira, que é querido por todos e que o mundo está aos seus pés. Muitos deles se candidatam a vereador, e um ou outro acaba chegando lá. Mas a maioria só barganha cargos, promessas e ilusões e, claro, sem tirar os pés de cima do mundo. Bonitinho até morrer.

O Zé-Povinho é um sujeito esperto e muito vil, viu? Mas traiçoeiro. Sorrisos e tapinha nas costas é com ele mesmo! Mas a mão que dá o tapa é a mão que aponta o dedo. O Zé-Povinho a tudo ouve, de tudo sabe, e tudo conta a quem tudo lhe oferece. Ou não, sai contando à esmo mesmo.

O Zé-Povinho é uma espécie avessa ao sucesso e a felicidade alheia. É invejoso e distribui energia negativa gratuita, não porque ele queira, mas porque ele é o Zé-Povinho. Não sei como e não sei por que, só sei que é assim.

O Bonitinho e o Zé-Povinho ainda gozam de prestígio social e político, coisa que o Guarujento nunca teve (até este momento). O Guarujento é o pobre metido a besta. É porco, mal educado, ignorante, mora, vive, come e fala mal, fede mas cheira a jasmin. Seu poder de reprodução espanta o mais fértil dos coelhos.

Sonha em se tornar Bonitinho, e pra isso não se importa em virar o Zé-Povinho antes. Aos poucos vai galgando posições mais elevadas, muitos deles se tornam vereadores e concentram poder em suas mãos por algum (ou muito) tempo. É como dar um pote de fezes a um primata e apontar o ventilador.
Vai dar merda! Já deu...

Ah, ia me esquecendo. Tem também o Trouxa, que é aquele que acredita que as coisas vão melhorar, então faz sua parte e age pelo certo, da maneira que pode, é claro. A cada geração que passa, a quantidade de Trouxas diminui. Portanto seu peidinho é quase imperceptível.

Hoje, o “Artesanato do Atlântico” pode ser considerado um sucessivo acúmulo de flatulências.
Suas ruas têm mais buraco que a bunda da Rita Cadillac, e olha que esse bunda vira e mexe é recauchutada. As ruas também.

As escolas são um nojo. Os casos de traficantes, marginais e outros tipos de escória que já dominaram as instituições públicas de ensino me deixam com medo de ter filho inteligente. Vai saltar de para-quédas, mas não vai pra escola. Prefiro filho burro do que filho morto. Ah Rodrigo, não exagera, vai?

No Guarujá até o professor Girafales ia tomar um apavoro de um aluno armado em sala de aula.
- Tá tirando, Mestre Linguiça? Perdeu, passa o buquê.

A saúde vai bem. Numa cidade que tem 2 prefeituras e 1 hospital, existe um Pronto-Socorro que faz juz ao nome, socorro! É o PAM (Prefiro A Morte). Parabéns à prefeitura que vai ganhar dinheiro com o PAM, locação da próxima temporada de Walking Dead e os zumbis já estão até por lá. Tomara que a produção tenha um kit de primeiros socorros.

A violência é um caso a parte. Da parte da manhã até a parte da noite. Guarujá já lidera o ranking de roubos no Estado. Duvida?

Assaltos, sequestros, estupros, assassinatos, novas casas de forró e bailes funk. Prolifera todo tipo de maldade. O ser humano não vale nada e o seu ouvido também não.

A cultura é......... ãh... cultura?



É um município que convive com o crescimento. Cresce o crime, cresce a miséria, cresce o trânsito, cresce o medo e cresce a pena. Pena por ver o Guarujá deixar de ser tudo que um dia se propôs a ser.

A culpa é de quem? Do peido que foi dado antes. A velha história do clube.

Ou talvez a culpa pertença ao Bonitinho, ao Zé-Povinho ou ao Guarujento. Quem sabe aos três.

E amanhã já nasce um novo salvador, aquele que pode dar um peido mais cheiroso que os anteriores. O próximo nome pode ser o certo. Pode ser o seu.

Juventino, José, Ciro, Oscar, Gustavo, Hernane, Paulo, Eduardo, Renata, Alexandre, Gaspar, Hermínio, Álvaro, Abílio, João, Domingos, Jayme, Raphael, Maurici, Waldyr, Ruy, Farid, Maria Antonieta. Quem será o próximo peidorreiro?

Aposto que ao lado dele vão estar os mesmos de sempre. Um Zé-Povinho me contou.


Eu tô te falando!